O
deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) ocupou a tribuna no Plenário da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na quarta-feira (16/08), para
fazer uma grave denúncia. Segundo ele, a organização criminosa
denominada Primeiro Comando da Capital (PCC) está crescendo no Sul de
Minas, sendo cada vez maior nos presídios locais o número de integrantes
ligados a essa facção.
O
deputado Arantes responsabilizou o governador Pimentel pela situação ao
promover o corte dos investimentos necessários na segurança pública no
Estado: “Há uma omissão do poder público em proteger o cidadão. Se
compararmos com o governo Anastasia, a queda de investimentos na
segurança é muito clara”, observou.
De
acordo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi),
em 2014, o governo Anastasia destinou à Polícia Civil R$ 36 milhões para
investimentos e R$ 150 milhões para custeio. Em 2015, no primeiro ano
do governo Pimentel, do PT, esses valores caíram drasticamente para R$ 4
milhões em investimentos e R$ 95 milhões para custeio. Com a Polícia
Militar o descaso foi o mesmo. Em 2014, o governo Anastasia destinou R$
48 milhões para investimentos e R$ 314 milhões para custeio. Um ano
depois, o governador do PT destinou somente R$ 9 milhões para
investimentos e R$ 166 milhões para custeio.
Antonio
Carlos Arantes encara a falta de recursos como um chamariz para os
criminosos: “Eles encontraram espaço porque falta tudo para combater a
violência. Faltam efetivo, armas e equipamentos adequados, até os
coletes à prova de bala estão vencidos. O que acontece é um verdadeiro
desrespeito às polícias Civil e Militar e à população mineira”, afirmou.
O
deputado lembrou ainda que só uma política desastrosa de segurança pode
fomentar a violência sofrida diariamente nos municípios do interior,
facilitando a ação de criminosos que atacam as cidades e o campo
deixando um rastro de violência.
Apesar
dos dados preocupantes, Antonio Carlos Arantes fez questão de destacar o
importante trabalho que as Polícias Civil e Militar têm feito o para
combater o crime e levar tranquilidade aos moradores do Sul de Minas:
“Temos bons policiais civis e militares que têm lutado e conseguido
desbaratar várias quadrilhas de roubo de café e de roubo a banco, mesmo
com toda dificuldade. Esse é um trabalho que nós temos que louvar e
agradecer”, finalizou.