ENQUANTO SERVIDORES SITIAVAM A PREFEITURA, O VEREADOR JOÃO PAULO FELIZARDO SURPREENDIA, ANUNCIANDO UMA COLETIVA PARA A IMPRENSA

O prefeito José Cherem bem que tentou, ensaiou umas palavras, mas não soube conversar com os servidores. Perdido e sem assunto, danou a falar da pintura da fachada da prefeitura que, aliás, não tem nada a ver com o assunto tratado ali. Pelo visto, a pressão foi demais com a forte adesão dos servidores e a greve se agigantou, demonstrando ao chefe maior do executivo que os servidores são unidos sim. Não teve outro jeito senão recuar. Servidores gritaram palavras de ordem, carro de som também agitava a massa, uma multidão enfurecida mostrou ao prefeito que o buraco é mais em baixo. Não se trata os servidores como se fossem descartáveis.


É claro que houve uma mãozinha do presidente da câmara João Paulo Felizardo, quem eu entrevistei bem antes dessa manifestação toda e já mostrava inclinação a mudar para melhor. Ao indaga-lo sobre a crise e qual solução daria a todo esse imbróglio, prontamente me confessou não estar satisfeito com os rumos que as coisas haviam tomado, reconhecendo inclusive, que havia tomado decisões equivocadas e que iria corrigi-las em tempo inclusive pedir desculpas aos servidores, o que me surpreendeu. 

O vereador nesse momento salientou que iria procurar a base aliada do prefeito e colocar a situação, mas decidido a convencer a maioria do óbvio, ou seja, precisavam de tempo para buscar uma outra solução, algo mais inteligente para salvar um projeto bom que continha erros, mas que com esse tempo extra poderia ser revisto, inclusive ouvindo mais pessoas envolvidas ao invés de enterra-lo de vez.  Segundo ele, não fazia sentido toda essa queda de braço que um posicionamento político equivocado havia levado a coisa, isso o motivou a ir contra as decisões políticas tomadas anteriormente pela base aliada e seguir seu coração. Político que não sabe voltar atrás em uma decisão, não é político, está no lugar errado.

Decidido então a mudar os rumos da proza, João Paulo afirmou que se fosse preciso, tiraria o projeto da pauta dessa segunda, decidido a propôr uma audiência pública a seus pares, que segundo ele, deveria ter sido proposto desde o inicio pelo prefeito. A meu ver, com essa postura, ele mostrou que tem visão política, tem vontade de acertar ao reconhecer seu erro de posicionamento, mostrou também liderança, amadurecimento ao articular sabiamente e rapidamente uma outra saída para uma crise, que certamente iria desgastar todo mundo. Ficou óbvio que não se pode confiar em uma pessoa, que não sabe reconhecer quando erra e que não volta atrás em suas decisões erradas. Vejo isso com bons olhos...

Sou obrigado a admitir que o vereador teve muita habilidade para aproveitar o momento difícil e ainda mudar o rumo das coisas. Ele convenceu sua base aliada, marcou uma coletiva de imprensa, anunciando a mudança de planos que teria uma audiência publica, e logo em seguida ele novamente conseguia mudar a audiência para mais alguns dias adiante, ganhou-se ainda mais um tempo precioso para que o trabalho possa ser melhor estudado e executado. 

Dessa forma, sob forte pressão dos servidores e pressionado por sua própria base aliada, que optou pela mudança de rumo o prefeito não teve outra saída a não ser "sobrestar" o projeto. Ganharam os servidores, ganharam os vereadores que ouviram a voz da razão e ganhou a população, uma vez que não teremos a paralisação da prestação de serviços importantes na cidade. Mas a política lavrense foi a grande vencedora da vez, ganhou ao repensar seus rumos e a provar que nunca é tarde para se fazer a coisa certa. 

Vejo com bons olhos essa atitude tomada pelo atual presidente da câmara, a quem vez ou outra alfineto e, que de certa forma nessa segunda feira me surpreendeu. Tenho dito sempre que  cidade precisa tomar novos rumos, precisa novas lideranças, precisa melhor articulação política, algo que não seja aquela velha praticada há décadas e que todos já conhecem. Está na hora de Lavras criar uma política de união em torno da cidade, unindo as forças políticas, mas não para trazer a lavras do passado, sim para escrever novas páginas de uma lavras que queremos no futuro, uma cidade em que possamos ter mais justiça, mais emprego, mais segurança, uma urbanização mais bem planejada, projetos mais humanizados e muito diálogo com o povo. Que seja uma Lavas onde os políticos parem de se combater feitos bichos na arena, passando a trabalhar de verdade para o povo e não para suas próprias vaidades.

ÁREA PROMOCIONAL

PARTE DA LEI FEDERAL QUE REGULAMENTA O JORNALISTA NÃO FORMADO

4. ÂMBITO DE PROTEÇÃO DA LIBERDADE DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL (ART.
5°, INCISO XIII, DA CONSTITUIÇÃO). IDENTIFICAÇÃO DAS RESTRIÇÕES E
CONFORMAÇÕES LEGAIS CONSTITUCIONALMENTE PERMITIDAS. RESERVA LEGAL
QUALIFICADA. PROPORCIONALIDADE. A Constituição de 1988, ao
assegurar a liberdade profissional (art. 5
o
, XIII), segue um
modelo de reserva legal qualificada presente nas Constituições
anteriores, as quais prescreviam à lei a definição das "condições
de capacidade" como condicionantes para o exercício profissional.
No âmbito do modelo de reserva legal qualificada presente na
formulação do art. 5
o
, XIII, da Constituição de 1988, paira uma
imanente questão constitucional quanto à razoabilidade e
proporcionalidade das leis restritivas, especificamente, das leis
que disciplinam as qualificações profissionais como condicionantes
do livre exercício das profissões. Jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal: Representação n.° 930, Redator p/ o acórdão
Ministro Rodrigues Alckmin, DJ, 2-9-1977. A reserva legal
estabelecida pelo art. 5
o
, XIII, não confere ao legislador o poder
de restringir o exercício da liberdade profissional a ponto de
atingir o seu próprio núcleo essencial.
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